Ah se ela voltar, se ela voltar...

A abreviação de amar é AH.
De apaixonar-se é SE.

Hoje é o dia...

do Flamengo
do servidor público
da pessoa mais sincera
da emoção mais racional

Há alguma relação entre as comemorações?

SETE AMORES

ATO 1
Eu menti sobre o primeiro beijo
Ele mentiu sobre a mão na perna

ATO 2
Eu menti sobre o gostar dos dois
Ele mentiu sobre os dois meses longe

ATO 3
Eu menti sobre o pezinho 35
Ele mentiu sobre o amor pós-carnaval

ATO 4
Eu menti sobre a ex dele
Ele mentiu sobre a amizade com

ATO 5
Eu menti sobre o desconhecimento da oficial
Ele mentiu sobre a possibilidade de largar a

ATO 6
Eu menti sobre o pra sempre
Ele também

ATO 7
Eu ainda não tive tempo de mentir
Ele vem insistindo para


*sete e sete são quatorze

SETE SAPATOS

Salto 7 - para pisar forte

Salto 6 - para pisar posições

Salto 5 - para pisar compras

Salto 4 - para pisar amores

Salto 3 - para pisar filhos

Salto 2 - para pisar casa

Salto 1 - para pisar sonhos


*sete e sete são quatorze

SETE MENTIRAS

E
até
que
a
morte
nos
separe


*sete e sete são quatorze

SETE VIDAS

- Ô mãe, que é amor?
- É querer bem o coleguinha, filha.

- Ô mãe, que é paixão?
- É querer muito bem o coleguinha, filha.

- Ô mãe, que é desejo?
- É querer além dos limites o bem do coleguinha, filha.

- Ô mãe, que é sexo?
- É passar dos limites com o coleguinha, filha.

- Ô mãe, que é ciúme?
- É quando os limites do coleguinha passam a ser os seus, filha.

- Ô mãe, que é divórcio?
- É o coleguinha passar a querer seus bens, filha.

- Ô mãe, que é bolaprafrente?
- É querer bem o coleguinha do coleguinha, filha.


*sete e sete são quatorze

SETE TROCOS

Alexandre I
A espada em nome da honra

Alexandre II
A arma em nome da honra

Alexandre Jr.
O nome em nome da honra

Alex
A tecnologia em nome da honra

Xandy
O povo em nome da honra

Alê
O amor em nome da honra

Êta lelê
A desonra em nome da honra


*sete e sete são quatorze

SETE SABORES

Pra ela, um docinho de côco
Pra ele, brigadeiro de latinha

Pra ela, creme de morango
Pra ele, suco de laranja sem açúcar

Pra ela, filet mignon
Pra ele, bife mal passado

Pra ela, coca com gelo e limão
Pra ele, fanta uva

Pra ela, salada de fruta
Pra ele, banana amassada

Pra ela, salmão ao molho de ervas
Pra ele, isca de peixe

Pra ela, sonho
Pra ele, pamonha


*sete e sete são quatorze

SETE MEDOS

Não quero
Não vou
Não deixo
Não durmo
Não posso
Não pára
Não morre, por favor


*sete e sete são quatorze

Proposta surrealista

Esses seus olhinhos românticos
Ficam tão bem com seu nariz barroco
Ficam tão certos com sua boca impressionista
Dê cá sua mão arcadista
Vamos fugir desse mal do século
Vamos viver esse realismo mágico
Vamos juntos nesse concretismo
E você diz pra que tanta prosa poética
Se nosso naturalismo é o bastante
Pra qualquer linha modernista

Discurso direto indireto

Ei, você que lê o que escrevo agora
Psiu, você que me procura toda hora
Você dorme pouco como eu?
Você entende o que ela escreveu?

Você tem vontade de contestar?
Você tem coragem de arrumar?
Psiu, você que vai embora
Ei, você que sempre me ignora

De quando era

Ela encontrou uma mensagem dele na caixa de e-mail tão
pura-sincera-e-de-amor-sem-qualquer-arranhão
que deu saudade daquele tempo.
Tempo que não era mais deles, tão diferentes ficaram.
Aquele gostar se perdeu em algum lixo eletrônico.

Veja bem

O xis da questão
Está entre o que e o tão

Ato sincero de primo

- Que é aquilo que você escreve no blog?
- Ué, por quê?
- Porque não entendo nada.
- Ah, não sei se é pra entender.
- E os textos do vestibular são parecidos com aqueles?
- Não, claro que não. Os textos do vestibular são textos de verdade.
- Então ainda tenho chances de passar.

ÀS AVESSAS

Larguei primeiro, gostei depois.
Tive filhos, reproduzi, cresci, nasci.
Terminei o livro para depois escrevê-lo.
Disse vários adeus antes do tchau
E perguntei muitos porquês antes dos ois.

Sonhei primeiro, dormi depois.
Menti várias vezes por uma verdade só
E minha despedida de solteiro veio depois do casamento.
O irmão mais novo é maior
A mãe mais jovem que a filha
O pai mais alegre quanto mais difícil fica a vida.

Engordei primeiro, comi depois.
E a dieta só deu certo com a entrada do chocolate.
Aprendi trinta e sete receitas para o nissin miojo
E hoje prefiro ele só com a água e o tempero da embalagem.

Compro primeiro, experimento depois.
Fiquei consumista na maturidade
E não me habituei a tirar dinheiro dos velhos.
Não precisei da velhice para valorizar meus pais.
Não chorei por amor e sofri o tempo exato do sofrimento.

As crianças gostaram de mim primeiro, eu delas depois.
Nasci no fim do quatro e na véspera do um
E mesmo assim quase acertei o feriado.
Troco qualquer madrugada por um sono bem dormido.
Minha balada é em casa.
Não tenho cor preferida, nem amigo, nem música, nem namorado.

Larguei primeiro, amei depois.
Tive netos, engravidei, espichei.
Nasci.

Embriadagas bembranças

Daquela boca azul e daqueles olhos vermelhos, só ficou a imagem do sutiã fio dental tirado às pressas no banheiro da porta.

Partida

Vai embora, nããão...
Me leva pelo menos como bagagem de mão

Amor nos tempos do cólera

ELA: - Por você,
fecharia meu orkut
deletaria os amigos do messenger
apagaria as postagens do blog
cancelaria o fotolog
acabaria com as contas de e-mail
e nunca mais usaria o skype.

ELE: - Por você,
eu morreria.

ELA: - Só?

Prometo

Mentir menos, inventar mais
Sofrer menos, chorar mais
Pensar menos, amar mais
Fazer tudo mais ou menos
Pra não exagerar jamais

Baseado em realidades reais

- Te amo muito.
- Muito?
- É!
- Então eu acho melhor a gente terminar por aqui.


*Um título, duas idéias: aqui também

Baseado em baseados reais

E eu só sei que...
Se eu pular desse morro...
Eu morro num pulo...


*Um título, duas idéias: aqui também

Baseado em telefonemas reais

- Só o grampo, mãe.
- Pode deixar, filho. Estou levando. Beijos
.
.
.
- Polícia, polícia! A senhora está presa!


*Um título, duas idéias: aqui também

Baseado em barracos reais

E era mala flor pelúcia cueca galinha garrafa bombom cd computador e
MEU DEUS
Fechem a janela do 404, por favor!


*Um título, duas idéias: aqui também

Baseado em sonhos reais

Que meu dedo caia se eu não chegar a presidir esse país!


*Um título, duas idéias: aqui também

Baseado em notícias reais

Pega, ladrão, pega!
Droga... Mais um policial que a gente deixa passar.


*Um título, duas idéias: aqui também

Baseado em amores reais

Essa poesia toda
É fruto do nosso triângulo amoroso:
Cabeça, tronco e membro.


*Um título, duas idéias: aqui também

Baseado em olheiras reais

Ah, esses olhos
Que os sonhos abandonaram


*Um título, duas idéias: aqui também