Acho que parei em algum ponto que não compreendo ao certo qual.
Acho que, de repente, fiquei meio inerte sem saber como. Nem onde nem porquê.
Acho, na verdade, que perdi as motivações.
Desaprendi a planejar o futuro, a sonhar junto, a ser menos responsável.
A racionalidade é chata. O óbvio é entediante.
Se antes eu era a primeira otimista da turma, hoje sou a primeira pé no chão.
Uma coisa não implica necessariamente na outra, mas parece que não me possibilito mais criar asas.
Não sei ao certo como isso aconteceu, mas a cada dia, vivo mais sozinha.
Eu comigo mesma, com meus mesmos pés e mesmo chão.
É estranho porque ninguém ouviria isso de mim. Nem eu mesma, ainda mais repetindo a palavra mesma quatro vezes seguidas.
O meu superego está cada vez mais forte, mais independente, querendo chutar o balde e colocar a boca no trombone.
Não posso reclamar que não alcanço o que quero. Sempre consegui o que queria, por méritos meus exclusivamente.
Acho que é isso... Me falta uma nova motivação, um novo objetivo a traçar, a perseguir e a lutar até atingir.
Só assim para essa sensação de inutilidade e inércia passar.
Preciso de novas metas, novos desafios, novos frios na barriga.
Mas o quê?
Acho que parei em algum ponto que não compreendo ao certo qual.
Acho que, de repente, fiquei meio inerte sem saber como. Nem onde nem porquê.
Acho, na verdade, que perdi as motivações.
(escrito em janeiro 2007)
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