NADA PESSOAL (setembro/2005)
Pra que pensar em nós dois
Se sou teoria, você é prática?
Se sou realista e você é dramática?
Se sou português e você, matemática?
Pra que buscar em você
O brilho do luar, se prefiro o dia?
O poder do monarca, se sou democracia?
A paz de casa, se sou boêmia?
Não, não é certo pensar em nós dois
Quando sou esquerdo e você direita
Quando sou candidato e você é a eleita
Quando sou errado e você, tão perfeita.
E será que daremos certo
Se você é prolixa e eu sou direto?
Você é tão savana e eu tão deserto
Você ave... eu inseto.
Não entendo porque te gosto tanto...
Você tão ímpar, eu tão par
Você tão certa, eu tão irregular
Você tão moderna e eu secular.
Façamos um só desses nós dois
Com todas nossas indefinições
Todos nossos contumes e invenções
E todas as nossas perfeitas contradições.
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